A entressafra é um período desafiador para quem gerencia cadeias de suprimentos e depende do transporte rodoviário para escoar produtos. Para os embarcadores, esse intervalo entre o término da colheita e o início de uma nova safra traz consequências diretas sobre os custos logísticos — e, por consequência, sobre a margem do negócio.
Um dos principais motivos é o aumento no volume de fretes com retorno vazio. Com a queda da demanda por transporte de grãos, os caminhões que costumam operar intensamente durante a safra passam a circular com menor eficiência, muitas vezes retornando sem carga.
Isso gera desequilíbrio logístico e eleva os custos, que acabam sendo repassados para o mercado. Ou seja, até empresas fora do agronegócio, que contratam transporte rodoviário, sentem os efeitos.
Neste artigo, vamos entender por que a entressafra encarece o frete, quais são os desafios enfrentados pelos embarcadores e o que pode ser feito para mitigar os impactos destacando soluções como tecnologia logística, parcerias estratégicas e leilão reverso.
Por que a entressafra encarece o frete?
Durante a safra, a alta demanda por caminhões movimenta o setor e sustenta a rentabilidade de rotas específicas. No entanto, na entressafra, essa lógica se inverte: há menos cargas disponíveis, principalmente em regiões produtoras, e muitos veículos ficam ociosos.
Como os custos fixos das transportadoras continuam existindo (motoristas, manutenção, combustível), elas buscam compensar com fretes mais caros em outras rotas.
Para o embarcador, isso significa menor previsibilidade nos custos logísticos, aumento da tarifa média por quilômetro, maior dificuldade para garantir transporte no prazo ideal.
Esse efeito é amplificado quando há retorno vazio — ou seja, quando um caminhão descarrega sua carga e volta para a origem sem uma nova contratação. O impacto pode representar até 40% de ineficiência em uma viagem, dependendo da distância e da região.
Há um fator estrutural: a malha logística brasileira. Com infraestrutura rodoviária precária, a manutenção dos veículos é mais custosa, o que pressiona ainda mais o valor do frete.
Soma-se a isso a oscilação do diesel e a alta do dólar, que afetam peças e insumos — e temos um cenário onde mesmo operações bem estruturadas precisam se adaptar rapidamente para não perder margem.
Principais desafios enfrentados pelas empresas na entressafra
Durante a entressafra, embarcadores que contratam frete com frequência enfrentam um cenário instável que exige decisões rápidas e estratégicas. O aumento repentino nos custos de transporte pressiona o orçamento logístico e dificulta a precificação final do produto, comprometendo a competitividade da operação.
Ao mesmo tempo, a ociosidade operacional se torna mais evidente: com menor volume de cargas disponíveis, muitas transportadoras redirecionam suas frotas ou operam com menor regularidade em rotas específicas, dificultando o alinhamento entre oferta e demanda.
Essa escassez impacta diretamente a capacidade do embarcador de manter a fluidez nos embarques e cumprir os prazos acordados com clientes e distribuidores.
A baixa visibilidade de mercado agrava o desafio. Sem informações claras sobre disponibilidade de veículos, flutuações de preços ou movimentações de rotas, o planejamento logístico se torna reativo, abrindo espaço para negociações emergenciais, retrabalho e maior exposição a riscos operacionais.
Nesse contexto, contar com uma solução que ofereça inteligência de dados, conectividade com o mercado e automação dos processos é o que permite virar o jogo.
Soluções para mitigar o aumento do frete na entressafra
A boa notícia é que existem soluções práticas e estratégicas que ajudam a enfrentar a sazonalidade do frete com mais eficiência e controle. A seguir, destacamos as três mais relevantes:
1. Plataformas tecnológicas com inteligência logística
Sistemas como o AZ Ship conectam embarcadores a seus transportadores, centralizando a gestão do transporte em um único ambiente digital, permitindo redução de tempo com cotação, negociação e contratação de fretes.
2. Leilão reverso para garantir competitividade
Durante a entressafra, a negociação se torna mais crítica. Nesse contexto, o leilão reverso — funcionalidade central do AZ Ship — permite que o embarcador assuma o controle da negociação ao estipular o valor máximo que está disposto a pagar por um frete.
A partir disso, transportadoras previamente cadastradas competem entre si para oferecer as melhores condições dentro desse teto. O resultado é uma redução significativa nos custos, aliada à agilidade e à transparência no processo de contratação
Esse processo não apenas pressiona os preços para baixo, mas também cria uma base histórica que ajuda o embarcador a entender padrões e definir faixas de preço realistas por trecho e por período do ano.
3. Gestão estratégica de transportadoras
Mais do que buscar sempre o menor preço, é essencial construir parcerias de longo prazo com transportadoras confiáveis.
Com o AZ Ship, essa gestão deixa de ser intuitiva e passa a ser estratégica: a plataforma permite centralizar o relacionamento, acompanhar a performance individual de cada transportadora, e gerar um ranking personalizado com base em critérios como pontualidade, preço, avarias e qualidade de atendimento.
Isso possibilita decisões mais inteligentes na hora de contratar, fortalece os vínculos com os melhores parceiros e evita surpresas ao longo do transporte.
Como a tecnologia ajuda a reduzir custos no transporte?
A digitalização da logística tem mudado profundamente a forma como as empresas gerenciam o transporte de cargas — especialmente em períodos de maior instabilidade, como a entressafra. Nesse contexto, soluções modernas, como o AZ Ship, proporcionam uma nova camada de controle, previsibilidade e agilidade na operação.
Entre os principais avanços estão recursos como:
- negociação automatizada com múltiplas transportadoras de forma simultânea;
- contratação digital gerando compliance;
- dashboards que consolidam indicadores de desempenho;
- integração com sistemas de gestão internos.
Ao centralizar todas essas funcionalidades, o AZ Ship permite que embarcadores saiam do modo reativo e passem a operar com inteligência estratégica, mesmo diante de variações sazonais e pressão de custos.
Com esse nível de conectividade e automação, é possível tomar decisões mais rápidas, reduzir o tempo operacional e ajustar a logística de forma proativa — garantindo maior estabilidade mesmo em períodos críticos como a entressafra.
Conclusão
A entressafra é um período desafiador para o setor de transporte rodoviário, especialmente para empresas que dependem do agronegócio. O frete de retorno vazio e a sazonalidade do frete são fatores que contribuem para o aumento dos custos logísticos, impactando diretamente as operações de transporte.
No entanto, com o uso de plataformas tecnológicas, é possível mitigar esses impactos.
A tecnologia desempenha um papel crucial nesse processo, oferecendo ferramentas que aumentam a eficiência e reduzem os custos operacionais. Em vez de lidar com a entressafra como um problema inevitável, embarcadores podem transformá-la em uma vantagem estratégica — se tiverem previsibilidade, dados e agilidade na tomada de decisão.
A AZ Ship está ao lado de empresas que querem transformar a logística em um diferencial competitivo. Se a sua operação precisa de mais previsibilidade, controle de custos e eficiência — principalmente nos períodos mais críticos —, chegou a hora de avançar. Conheça o AZ Ship.